O relatório de mercado – Focus – divulgado recentemente pelo Banco Central mostra que, na avaliação dos economistas do mercado financeiro, a tendência da inflação para 2012 é de alta. Ao contrario, a estimativa para o crescimento da economia medido pelo PIB – Produto Interno Bruto- é de queda, tanto em 2011 como para 2012.
De maneira prática, o que isso representa para o seu bolso? Preços de produtos e serviços mais caros, de uma forma geral. A pequena redução verificada na taxa SELIC nas reuniões mais recentes do COPOM ainda não se refletiu numa eventual redução de custos para o consumidor, e isso provavelmente não vai acontecer a curto prazo. Essa redução , na verdade, reflete mais a expectativa do governo para a tendência de inflação, que está, portanto, em desacordo com a visão dos economistas do mercado financeiro.
No meio dessa confusão, o mais aconselhável para o consumidor é prudência na hora de gastar, e buscar sempre as melhores opções no mercado financeiro para suprir suas necessidades de caixa. É bom lembrar que “melhores opções” significa “colocar o chapéu ao alcance da mão”, ou seja, todo cuidado é pouco.
Nunca é demais lembrar:
– Existem no mercado 2 tipo de taxas de juros: pré-fixadas (combinadas no momento do contrato) ou pós-fixadas (taxas que usam um determinado indexador como CDI,IGPM mais uma expectativa de juros mensais.)
– Existe uma regrinha básica: tomar dinheiro emprestado a longo prazo (acima de 12 meses) em taxa pré-fixada pode ser um bom negócio se a taxa de juros do mercado subir. No sentido contrário, tomar dinheiro emprestado a longo prazo em taxa pós-fixada pode ser um bom negócio se a taxa de juros do mercado cair. O mercado, de uma forma geral, oferece empréstimos a taxa pré-fixada, mesmo a longo prazo. Não custa perguntar ao seu gerente se o banco oferece as duas opções, e pense bastante antes de adotar uma ou outra modalidade de taxa.
– Os financiamentos imobiliários, pelo prazo muito longo, tem que ser obrigatoriamente pós-fixados, pois assim o custo mensal do financiamento acompanha o aumento ou redução nas taxas de juros. Estes financiamentos normalmente são indexados pela TR mais uma taxa de juros mensal.
– No caso dos empréstimos pessoais, as taxas de juros variam muito de um banco para outro, e nesse caso é preciso um cuidado especial. Lembre-se sempre que a taxa de juros que você paga é aquela que está escrita no seu contrato, e não aquela que informam quando você pergunta. Explicando melhor: no contrato que você assina, normalmente os bancos informam a taxa de juros (aquela que você perguntou) e o CET, ou custo efetivo total (mais conhecida como taxa de contrato, que engloba os encargos e despesas incidentes sobre a operação). A sua dívida será calculada sempre sobre a CET. De acordo com as regras do Banco Central, “o CET deve ser informado pelas instituições financeiras e pelas sociedades de arrendamento mercantil antes da contratação de operações de crédito e de arrendamento mercantil e também em qualquer outro momento, a pedido do cliente.”
– Como é calculado o CET
O CET deve ser expresso na forma de taxa percentual anual, incluindo todos os encargos e despesas das operações, isto é, o CET deve englobar não apenas a taxa de juros, mas também tarifas, tributos, seguros e outras despesas cobradas do cliente.
Por exemplo, suponha um financiamento nas seguintes condições:
Valor Financiado – R$ 1.000,00
Taxa de juros – 12% ao ano ou 0,95% ao mês
Prazo da operação – 5 meses
Prestação mensal – R$ 205,73
Além desses dados, considere também a hipótese de pagamento à vista dos seguintes valores, que costumam ser cobrados pelos bancos:
Tarifa de confecção de cadastro para início de relacionamento – R$ 50,00
Seguro – R$ 5,00
IOF – R$ 10,00
De acordo com a fórmula da Resolução CMN 3.517, de 2007, o valor do crédito concedido e os valores cobrados pela instituição, seriam os seguintes:
Valor liquido do empréstimo = R$ 935,00 (R$ 1.000,00 – R$ 50,00 – R$ 10,00 – R$ 5,00)
Valor da prestação = R$ 205,73
Portanto, conhecendo previamente o custo total da operação de crédito, fica mais fácil para o cliente comparar as diferentes ofertas de crédito feitas pelas instituições do mercado, o que gera maior concorrência entre essas instituições.
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